Desafios Nutricionais em Pessoas com Atrofia Muscular Espinhal (AME)

Acompanhamento profissional multidisciplinar e o monitoramento do estado nutricional é essencial para pessoas com AME

Atualizado em 14 de julho de 2020 |
Publicado originalmente em 14 de julho de 2020 às 13h18

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essoas com Atrofia Muscular Espinhal (AME) podem apresentar alguns problemas nutricionais causados pela doença. Por isso, é essencial o acompanhamento profissional multidisciplinar desses pacientes para o monitoramento de seu estado nutricional.

 

Dificuldades nutricionais enfrentadas por pessoas com Atrofia Muscular Espinhal (AME):

Disfagia: dificuldade em mastigar e engolir, com alta frequência de engasgos.

Broncoaspiração: pequenas quantidades de alimentos ou líquidos que, ao invés de entrarem no esôfago, entram na traqueia e chegam aos pulmões. Podem causar tosse, engasgos e complicações respiratórias mais sérias, como pneumonia.

Desconforto abdominal: geralmente causado por constipação (prisão de ventre) e distensão (inchaço) abdominal. A constipação, também conhecida como prisão de ventre, é causada pela redução da motilidade intestinal e pela baixa ingestão de líquidos e fibras.

Distúrbios metabólicos: como acidose metabólica e alterações de glicemia (hiperglicemia e hipoglicemia), especialmente em pacientes obesos.

Desnutrição ou subnutrição: estado orgânico causado pelo não atendimento das necessidades nutricionais do indivíduo, que prejudica o crescimento, o desenvolvimento e a função normal do organismo. É observado principalmente como ganho de peso abaixo do normal, especialmente em crianças AME tipo 1 ou 2, muitas vezes pelas suas dificuldades de alimentação. A desnutrição acarreta comprometimento do sistema imunológico, e isso aumenta o risco de infecções, dificuldade de cicatrização e propensão a lesões na pele causadas por pressão em um mesmo local por tempo prolongado. 

Sobrepeso e obesidade: acúmulo de gordura acima do ideal que pode acarretar dor, complicações ortopédicas e limitação da movimentação.

Refluxo gastroesofágico: retorno involuntário de conteúdo do estômago para o esôfago. Causa desconforto e aumenta o risco de aspiração pulmonar, especialmente em crianças com AME tipo 1.


Referências Bibliográficas:

1. Mercuri E. et al. Diagnosis and management of spinal muscular atrophy: part 1: recommendations for diagnosis, rehabilitation, orthopedic and nutritional care. Neuromuscul Disord. 2018;28:103–15.

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