Fisioterapia Respiratória para Pacientes com Atrofia Muscular Espinhal (AME)

Atualizado em 19 de maio de 2020 |
Publicado originalmente em 28 de março de 2020 às 13h18

Conheça alguns exercícios para ajudar no desenvolvimento pulmonar do indivíduo com Atrofia Muscular Espinhal (AME)

Além do suporte ventilatório, alguns exercícios de respiração podem ser realizados para ajudar no desenvolvimento pulmonar do indivíduo com Atrofia Muscular Espinhal (AME) e para melhorar a capacidade de inflar os pulmões, além de promover a limpeza das vias aéreas.

Expansão pulmonar: é importante para ventilar com mais eficiência o pulmão e estimular a flexibilidade da caixa torácica, que pode se tornar rígida pela falta de movimentação. A expansão pulmonar pode ser realizada por meio da bolsa/válvula/máscara, também conhecido como ressuscitador manual ou ambu: a pessoa coloca a máscara e o(a) fisioterapeuta ou cuidador(a) manipula a bolsa, fornecendo o ar com frequência e volume determinados. Pode ser realizada também com a máquina de tosse, utilizando-se parâmetros específicos para isso.

Auxílio de tosse: é essencial para a promoção de limpeza das vias aéreas em pacientes que têm a tosse fraca. Pode ser feito por meio de máquina de tosse, que realiza a tosse artificial ao fornecer o ar por uma máscara sobre o nariz e boca, com uma pressão determinada, e depois sugar o ar para fora dos pulmões, com pressão também ajustada. Também pode ser realizado de forma manual, com posicionamento das mãos no abdome e movimentação juntamente com a tosse do paciente, aumentando a pressão e tornando a tosse mais eficaz.

Mobilização das Secreções: é importante para evitar o acúmulo de secreções, que pode causar infecção das vias respiratórias. Além da tosse, a mobilização pode ser feita com outras técnicas de fisioterapia. Em pacientes traqueostomizados, é necessária a aspiração de secreções, de acordo com a orientação profissional.

O oxímetro é um aparelho muito utilizado durante a fisioterapia e internações hospitalares. Esse aparelho é adaptado no dedo do paciente, na região da unha, como um adesivo ou como um prendedor, que envolve todo o dedo e detecta a quantidade de oxigênio no sangue (saturação de oxigênio). Ao verificar a saturação de oxigênio, é possível identificar se a respiração e as trocas gasosas, ou seja, a quantidade de oxigênio inalado, estão adequadas.


Referências Bibliográficas:

1. Finkel RS, Mercuri E, Meyer OH, Simonds AK, Schroth MK, Graham RJ, et al. Diagnosis and management of Spinal Muscular Atrophy: Part 2: pulmonary and acute care; medications, supplements and immunizations; other organ systems; and ethics. Neuromuscul Disord. 2018;28(3):197–207.

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